Nos últimos tempos tem surgido muita discussão em torno da evolução do mercado de habitação em Portugal. Neste artigo fomos entrevistar o Diretor Geral da CBRE, Francisco Horta e Costa, que nos ajuda a perceber qual o atual estado do mercado imobiliário.

Momento muito bom e dinâmico

Vive-se um grande dinamismo no mercado de Habitação em Portugal que tem inclusivamente gerado alguma polémica em termos políticos, com as consequências que tem induzido, nomeadamente no mercado de arrendamento. Este dinamismo tem sido fundamentalmente justificado pelo atual nível de taxas de juro. Ou seja, os investidores procuram alternativas de investimento aos tradicionais depósitos a prazo e aqui o produto imobiliário torna-se claramente apetecível.

Maior dinamismo nas grandes cidades

O dinamismo do mercado residencial tem-se sentido com maior força nas grandes cidades. Começou em Lisboa, nas zonas históricas mais tradicionais, como sejam o Chiado ou o Príncipe Real, mas rapidamente alastrou para o Grande Porto.

O destaque nestas duas cidades tem sido a procura por parte de investidores estrangeiros que olham para a compra de imobiliário ou para viverem ou para diversificar o risco dos seus investimentos. Procuram estes imóveis pela sua localização que se traduz numa maior estabilização de preços mas também liquidez (ou seja, quando quiserem vender torna-se mais fácil transformar o seu investimento em dinheiro).

Será um movimento sustentável?

Neste excerto não obtivemos a resposta. No entanto, é fundamental que se perceba que o dinamismo do mercado em Portugal é idêntico a outras cidades na Europa. Ou seja, o movimento que assistimos atualmente foi um equilíbrio ou nivelamento de preços com outras capitais europeias. Acontece que este equilíbrio chegou mais tarde a Portugal e que tendo coincidido com a queda das taxas de juro terá sido mais repentino.