Para a maioria das pessoas, o financiamento da casa é um dos custos que mais pesa no orçamento. É, por isso, urgente e imprescindível apurar formas de reduzir o alto valor desse custo mensal. Neste artigo vamos dar-lhe os 3 passos para ter o crédito habitação mais barato (e não apenas o spread mais baixo!)
Depois da saída da Troika de Portugal, da subida do “rating” do país nas agências de notação financeira e de, na prática, ser mais fácil à banca comprar dinheiro no exterior, muitos consumidores passaram a poder aproveitar a maior flexibilidade depois dos anos mais difíceis da crise.
Aproveitar a queda das taxas de juro
A supervisão do setor bancário revelou recentemente que a taxa de juro média dos empréstimos à habitação, concedidos em novembro passado, se fixou nos 1,54%. Em Janeiro de 2017, situava-se nos 1,78%. A queda do juro médio cobrado reflete a descida das Euribor, mas também a tendência de baixa dos spreads, ou seja, a margem de lucro dos bancos na concessão de um empréstimo.
As taxas de juro chegaram também a valores invulgarmente baixos. Desde 2015, que as taxas Euribor negoceiam em valores negativos, com impacto favorável para quem tem prestações da casa variáveis, o que pode significar uma diferença de várias dezenas de euros no orçamento familiar.
Os analistas esperam que em 2018 as Euribor subam ligeiramente, sobretudo no segundo semestre, mas existe a expetativa que apenas no final do ano se aproximem dos 0%, pelo que o impacto nas prestações de crédito pagas ao banco será limitado.
Spread acima de 1,7 %: renegociar para ter crédito mais barato
A retoma do mercado imobiliário fez com que vários bancos pudessem praticar spreads abaixo de 1,7%. Se ainda dispõe de um spread no seu empréstimo à habitação acima deste valor deve absolutamente tentar reduzi-lo.
Mas como? Depois de contactar o seu banco e manifestar a vontade de renegociação, é provável que tenha uma das 3 respostas. Saiba o que fazer:
- O balcão atende-o e tem tendência a adiar uma resposta, invocando a sua falta de autonomia para tomar decisões. Não deixe que o releguem para “as calendas de Maio” porque eles têm a obrigação de lhe responder num prazo razoável. Não deixe passar mais de 5 dias úteis. Ligue de novo e calendarize uma resposta.
- O banco nega à partida o seu pedido, alegando que tem um crédito muito recente. Nesse caso, transfira o seu crédito habitação para outro banco com o apoio de uma empresa especialista que negoceia em escala e não lhe cobra qualquer custo.
- O banco pede-lhe que vá a outros bancos e lhe leve simulações/pré-aprovações destes, de modo a verificar se pode negociar consigo. Esta não é a atitude certa, porque você é o cliente e eles têm acesso à informação específica do mercado. Insista para que sejam eles a fazer o seu trabalho.
Transferir o crédito habitação
Tentou negociar uma redução no spread com o seu banco e não conseguiu? Ponderou mudar os seguros de vida e multirriscos para outra seguradora, mas a perda da bonificação no spread com o seu banco não compensava? A alternativa seguinte é transferir o seu seguro para um banco que o valorize.
Basicamente existem três situações que devem influenciá-lo a mudar de banco: conseguir um spread menos baixo, reduzir a TAE aplicada ao financiamento ou se estiver sobre endividado.
Primeiramente perceba as reais condições do empréstimo que possui. Nem tudo é spread. Um crédito à habitação é composto igualmente por todos os produtos e/ou serviços que foram contratados juntamente com o mesmo (os seguros, o cartão de crédito, a domiciliação do ordenado, etc). Precisa de verificar se não será, por exemplo, o seguro de vida que está a fazer subir a prestação mensal.
Sem demoras, deve analisar o seguinte:
- Montante ainda em dívida e o prazo que falta para terminar o empréstimo;
- Prestação mensal que está a pagar atualmente,
- O spread e a modalidade de pagamento (taxa fixa ou variável)
- O custo com todos os seguros e outros custos “escondidos”
Saiba que esta mudança pode ter custos: ao transferir o seu empréstimo para outra instituição poderá ter de pagar uma comissão de reembolso antecipado que, no caso dos empréstimos com taxa variável, é de 0,5% sobre o capital reembolsado. Nos empréstimos com taxa fixa este valor ascende a 2%.
Não ponha de lado a hipótese de ter ainda despesa com novas comissões de abertura, de avaliação, uma nova escritura e, assim sendo, comissões notariais e custos de solicitadoria. De notar que as parcerias com empresas como a Reorganiza permitem que grande parte destes custos sejam evitados…
Transfira os seus seguros
Ao contratar este tipo de crédito, o habitual é a obrigação de contratar dois seguros: o seguro de vida e o seguro multirriscos (este último destinado a proteger o imóvel). Normalmente, este são feitos no próprio banco, porque, se assim for, o cliente recebe uma bonificação no spread.
O que boa parte dos consumidores desconhece é que pode acordar os seguros associados ao empréstimo da casa noutra seguradora que não a da instituição financeira, mesmo depois de o contrato de crédito à habitação já ter sido assinado e em qualquer momento de vigência do mesmo – desde 2009 que isto é legalmente aceite. É possível reduzir em mais de 50% a despesa que tem com os seguros associados ao empréstimo se os entregar a uma seguradora que ofereça um prémio melhor. Se reduzir este custo o seu crédito será seguramente mais barato.
Como agir? Tente perceber se a bonificação que provavelmente irá perder no spread não será menos vantajosa do que o valor que consegue abater com a transferência dos seguros obrigatórios. Faça bem as contas porque pode não compensar…
Apresentamos 3 passos fundamentais para que consiga ter o crédito habitação mais barato. Esperemos que tenha ficado claro que o custo de um empréstimo habitação não é apenas o spread mas muitos outros custos que por vezes estão escondidos. Há estratégias para poupar dinheiro, tem é de as conhecer e colocar em prática
Boa noite, gostava de saber se fazem creditos, é que eu preciso de um crédito de 15000€ a pagar em 120 meses, e para tal o que é necessário, obrigado
Boa tarde
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