Gostava de reestruturar os seus créditos para conseguir uma maior folga financeira ou para baixar o custo global com os créditos? Neste artigo mostramos-lhe como reestruturar os seus créditos sem se prejudicar.
Os créditos são contratos
Começamos pelo óbvio. Os créditos são contratos entre uma instituição financeira e um ou mais clientes. Nestes contratos são definidas os direitos e deveres de ambas as partes, sendo definidos à partida:
- Montante em dívida;
- Forma de pagamento;
- Prazo de devolução;
- Custo do dinheiro – Juros que pagamos;
- Comissões e outros custos associados.
As cláusulas podem ser mudadas
Como em qualquer contrato, as clausulas do contrato são definidas entre as partes envolvidas. Podemos sempre alegar que o banco não nos dá grandes alternativas (o que nem sempre é verdade). Mas assinamos o contrato e comprometemo-nos com aquelas cláusulas apenas se quisermos.
Tendo dito isto, para mudar alguma das cláusulas do contrato tem de existir um acordo entre as partes. E é neste contexto que existem alternativas para quem quer reestruturar os seus contratos. Tenha em mente que as instituições financeiras percebem que os contratos são entidades vivas e que poderão mudar no futuro. Porque a vida é dinâmica.
Como podemos reestruturar um contrato de crédito?
Para reestruturar o contrato de crédito terá de contactar a sua entidade financeira. Tenha em mente que deverá levar o seu processo bem estruturado e fundamentado. Tal pode passar por identificar os seus rendimentos e as suas despesas, demonstrando a necessidade de reestruturar o contrato para tornar mais garantido que consegue suportar o pagamento da prestação. Nunca se esqueça que o banco tem muito interesse em que os seus clientes paguem as prestações (a maioria, pelo menos, pois há instituições de créditos de curto prazo que ganham muito dinheiro em comissões e penalizações por atrasos de pagamento).
Quais as soluções ao seu dispor?
Do rol de soluções ao dispor, consideram-se as principais:
- Aumento de prazos, dando mais tempo ao cliente para devolver o montante em dívida. O mesmo será dizer que ficaremos mais tempo a pagar, em troca de uma prestação mais reduzida;
- Redução da taxa de juro, algo menos comum mas que mesmo assim pode estar ao seu alcance. Clientes com melhor capacidade negocial (tipicamente os clientes que todos os bancos querem) podem forçar a reduções de taxas de juro;
- Isenção de alguns custos, sendo o caso do seguro de proteção ao crédito ou seguro de vida os mais comuns. Tenha em mente, contudo, que se deixar de ter alguns seguros vai ficar mais desprotegido;
- Períodos de carência, períodos de tempo em que deixamos de amortizar o capital em dívida e apenas pagamos os juros (diferente de moratórias de crédito, onde não pagamos nem capital nem juros);
- Consolidação de créditos, onde juntamos os vários créditos num único e, com isso, reduzimos a taxa de juro, aumentamos o prazo e eliminamos algumas comissões e custos acessórios.
O que concluir?
Existem alternativas de negociação entre o cliente e a instituição financeira. De notar que a reestruturação é uma negociação, pelo que não iremos ser prejudicados por fazer acordos com os bancos. O mesmo não é válido em situações onde negociamos por incumprimento, pois nesses casos resolvemos o problema mas ficamos com uma referência a esse facto junto do Banco de Portugal.
O que fazer?
Caso precise de apoio para otimizar os seus créditos poderá contar com um dos nossos consultores. Tenha em mente que em caso de incumprimento deverá contactar diretamente as instituições financeiras para propor acordos de regularização, uma vez que a consolidação de créditos não está disponível nestes casos.