Regressámos das férias. Os filhos vão para as aulas e nós regressamos à normalidade. Voltamos às nossas rotinas, talvez com alguns propósitos de mudança que são feitos à distância temporal. Acontece que ao nos aproximarmos da hora surgem logo outras alternativas e aqueles que eram os nossos propósitos vão de férias. O que é esta normalidade? Estamos satisfeitos com as nossas vidas? O que gostaríamos de mudar nas nossas rotinas? Mudar na nossa vida financeira? O que gostaríamos de manter? Quais os nossos objetivos?
Muitas perguntas que precisam de reflexão aprofundada para que consigamos dar uma resposta consequente. Talvez esteja tudo bem e não seja necessário mudar nada. No entanto, tendo em consideração os dados estatísticos que apontam para uma situação preocupante de endividamento (crescente) e de poupança (em queda continuada) e tendo em conta as elevadas despesas que estão à porta (livros, liquidação de cartões de crédito) parece evidente que a normalidade tem de ser repensada. É possível melhorar a nossa vida com pequenas alterações de comportamento. Estas alterações não são profundas se não nos esquecermos que criamos necessidades que não passam de prazeres ou luxos, legítimos e salutares, mas dispendiosos.
Se desaproveitámos as férias para refletir sobre a nossa normalidade talvez faça sentido dedicar agora algum do seu tempo a pensar o que pode fazer para melhorar a sua vida. Nesta altura, faz sentido questionar todas as rotinas e hábitos. Procurar alternativas e novas estratégias pois como dizia alguém, não podemos esperar obter resultados diferentes se mantemos o mesmo comportamento. Sim, o contexto pode ajudar. Ou a sorte. Ou o acaso. Mas aí estamos, mais uma vez, à deriva e dependentes da boa vontade de terceiros.