Crédito Poupança

Amortizar crédito à habitação – Será que vale a pena?

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Written by A Carteira

Como a vida é cheia de surpresas, acontece com alguma regularidade o consumidor ter extras (sejam reembolsos de impostos, heranças, prémios de produtividade, venda de bens familiares, etc) e não saber como, na prática, abater num dos maiores compromissos financeiros que pode assumir: o crédito habitação.

A opção de amortizar o seu crédito à habitação não é isenta de custos. O banco cobra-lhe uma comissão e por isso é preciso que perceba com celeridade – antes de começar a delapidar o extra que conseguiu! – se, efectivamente, compensa.

Três questões que a que deve dar resposta

Para decidir se a amortização vale ou não a pena deverá responder a três questões fundamentais:

  1. Qual a taxa de juro do seu empréstimo habitação e os custos escondidos;
  2. Qual a taxa de juro de aplicações alternativas;
  3. Quais as penalizações por amortização antecipada.

Como proceder?

Os limites às comissões de amortização dos créditos habitação estão definidos por lei:

  • Taxa variável – 0.5% do valor em dívida;
  • Taxa fixa – 2% do valor em dívida.

Amortização parcial

A instituição bancária terá de ser avisada com 7 dias úteis de antecedência. Os bancos não costumam estipular valor mínimo a reembolsar e a data da amortização deverá ser igual à data habitual de pagamento mensal.

Amortização total

Situação mais habitual em situações de venda do imóvel/ transferência de crédito (quando está com dificuldades em pagar, deve considerar mudar de banco para melhorar as condições, já que o mercado está sempre a mudar), o aviso terá de ser feito com uma antecedência de 10 dias úteis para que seja emitido o distrate da hipoteca (documento que declara o fim da dívida).

Casos especiais

Ficará isento do pagamento de comissão quem tiver de amortizar antecipadamente por motivos de :

  • Desemprego;
  • Deslocação profissional de um dos titulares;
  • Morte de um dos titulares

Quais as melhores alternativas de investimento?  

Caso não resolva amortizar, deve considerar outras opções. Porque não apostar em criar um fundo de crise – um dos alicerces da ideia de poupança e seu pronto-socorro financeiro – ou até um Plano Poupança Reforma (PPR).

Neste ponto reforçamos algo que referimos anteriormente. As taxa de juro de aplicações financeiras podem ser mais elevadas do que as taxas de juro do crédito habitação, especialmente nos contratos anteriores a 2009 (quando se praticavam spreads muito perto de zero). Nestes casos a alternativas pode mesmo ser investir o seu dinheiro em vez de amortizar o crédito. Assim, pode fazer sentido começar por conhecer algumas aplicações financeiras, como sendo os seguros financeiros. Se encontrar no mercado uma proposta de PPR cujo juro é maior que o valor da TAE do seu crédito à habitação…aí tem a sua resposta.

Sobre o autor

A Carteira

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